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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

1947 - Martim Müller: sucesso como aviador e comerciante


Durante a Segunda Guerra, Martim foi piloto da aviação americana. 
Depois dela, voltou ao Brasil mas continuou pilotando, na aviação civil.



Ele era filho de Osvino Müller, que foi um dos maiores comerciantes caienses do século passado. Seu pai tinha armazém e atacado na esquina da rua Marechal Deodoro 
com a João Pereira. Onde hoje se encontra o Mercado Central.Seu Martim nasceu em 19 de junho de 1922, e viveu sua infância no Caí. Mas, ainda jovem, foi estudar num das melhores escolas de Porto Alegre: o Instituto Porto Alegre, da igreja metodista.Bem jovem, ele fez um curso particular de pilotagem e ganhou o brevê (autorização para pilotar). Veio a Segunda Guerra Mundial e ele, como outros jovens pilotos, foi convocado para servir como piloto militar. Em 1942 o Brasil entrou na Guerra, juntamente com a Inglaterra e Estados Unidos, enfrentando os países do Eixo: Alemanha, Itália e Japão.Ele foi servir nos Estados Unidos, que tinha falta de pilotos, fazendo o patrulhamento aéreo do Golfo do México.Quando terminou a guerra, em 1945, ele voltou para o Brasil fixando-se em São Paulo e formou uma empresa de táxi aéreo, juntamente com outros pilotos brasileiros que haviam servido com ele nos Estados Unidos. O negócio não prosperou e Martim Müller tornou-se piloto da aviação comercial.

Ele trabalhou na Varig e outras empresas aéreas da época, como a Panair e a Savag (empresa gaúcha criada em 1947).Seguiu, depois, carreira na Força Aérea Brasileira (FAB) começando como instrutor de pilotos, tendo a patente de tenente aviador. Subiu na carreira militar chegando a comandar as bases aéreas de Canoas e Santa Maria. Pela idade, passou para a reserva com a patente de major aviador.Seguiu na carreira de aviador, pilotando aviões e helicópteros. Como falava fluentemente o alemão, passou a prestar serviços, ainda como piloto, para a diretoria da Volkswagen do Brasil.Como sempre gostou muito de mecânica acabou se tornando inspetor da Volks para o setor de oficina, visitando as concessionárias da região do Rio de Janeiro. Casou na época, com Evelyn Cardoso, de uma tradicional família do Espírito Santo, muito influente na política estadual e nacional. O casal tem dois filhos: Luciano e Cristina, quatro netos e dois bisnetos.Aproveitando sua posição na Volks, criou uma concessionária da marca no Caí, no ano de 1968 que, nominalmente, pertenceu ao pai dele, Osvino Müller, ao seu irmão Frederico Müller e ao amigo Roberto Trein.

Foi contratado o jovem Iguatemi Lúcio da Silva, que tinha 24 anos na época, já havia trabalhado na concessionária Ford, de João Pereira, e era casado com uma sobrinha de Martim: Lúcia Oderich Moreira.Iguatemi foi gerente da firma que, começou muito pequena. Além dele, que cuidava da administração e das vendas, havia apenas mais um funcionário: o mecânico Osvaldo Treps.
Martim continuou com suas funções na Volkswagen e, neste período, sofreu um acidente banal. Num pequeno acidente, ele bateu com o rosto, foi atingindo o seu nervo óptico, o que deixou sua visão prejudicada para o resto da vida.Isso não o impediu de, voltando ao Caí, assumir a direção da empresa, juntamente com Iguatemi, que tornou-se seu sócio.Antes, foram 25 anos de atividades na aeronáutica e três na Volkswagen, dos quais dois no Rio de Janeiro e um no Rio Grande do Sul.

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